quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Lobão Uma Odisséia no universo paralelo


Lobão sempre criticou a indústria fonográfica por investir preguiçosamente em discos ao vivo, editados sem critério artístico. Mas o lançamento do segundo CD do cantor no gênero, Uma Odisséia no Universo Paralelo, gravado ao vivo no Rio, em junho de 2001, não significa mudança de rota. O “universo paralelo” do título é o circuito independente. A exemplo do que fez com seu disco anterior, A Vida É Doce, Lobão distribui o novo trabalho prioritariamente nas bancas, com cópias numeradas ao preço fixo de R$11,90.
O cantor mantém coerência com sua ideologia ao reunir no CD tudo o que a indústria não espera de um disco ao vivo: clima pesado e músicas que não fizeram sucesso nas rádios. Não espere ouvir uma espécie de greatest hits de Lobão, até porque isso ele já fez, de forma exemplar, no CD Vivo!, lançado em 1990 com o registro de estupendo show do cantor no festival Hollywood Rock.
As guitarras dão o tom soturno do novo disco. Um clima sombrio emoldura músicas como “Samba da Caixa Preta” e “Tão Menina”, o hino da criança junkie na definição do próprio cantor. Entre poucos hits, como “Me Chama”, Lobão dá nova chance a músicas lançadas no disco Noite, como o rock “O Grito”. O álbum Noite passou despercebido, mas foi importante porque, nele, o cantor adicionou texturas eletrônicas ao seu rock, sem perder o peso – mantido nesta sua segunda odisséia independente.


fonte isto é


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